Que fim de semana cruel! Lá fui eu pra cidade mais roceira(ou seria roça mais urbanizada?!) do Brasil passar raiva e calor. Quem pensa que eu tou falando de algum buraco onde as pessoas falam "uai, sô" tá enganadíssimo. Em Goiânia (que não é bem um buraco), os indivíduos falam é "fruta cor" e "você pega aquela coisa ali pra mim ver?!", com o r mais roceiro que alguém conseguiria pronunciar.
Eu, que pensava que a minha família de lá tinha um sotaque goiano forte, vi que poderia ser pior. Fui fazer vestibular numa faculdade que ficava na BR (não é brincadeira!). Ao redor do prédio onde eu fiz prova tinha mato. Só mato. Coisa de goiano, sabe como é.
A fiscalização é mais rígida que a do CESPE: além do de sempre, tinha 4 tipos de prova e até distribuição de liguinha de cabelo pras moças (e pro pessoal do metal).
A prova... hehe! O que eu posso dizer é que senti uma falta danada das questões que eu tanto reclamo feitas pelo CESPE. Abri o caderno de prova e a primeira questão era perguntando o que a frase "educar é amar a dobrar" significava. Respirei bem fundo pra poder abstrair bastante toda a sintaxe e concordância que eu já tinha aprendido na vida pra ver se eu entendia quemerda essa frase significava. Até agora eu não sei. Mas, como tinha uma figura bacana na questão, eu respondi só vendo a figura: "alcançar a condição do outro". E, caro possível leitor, se você acha que essa alternativa é improvável: pasme! É a resposta certa.
A prova tinha muita Cora Coralina (os que gostam da dona Coralina aí que me perdoem, mas que amontoado de palavras mais chato! Eu só conseguia lembrar do tédio que foi a minha viagem a Goiás Velho (que é a cidade dela). Numa dessas histórias que a minha mãe inventava de "vamos visitar uma cidade histórica", lá fui eu e minha família pressa cidadezinha - essa sim é um buraco - sem graça e velha, como sugere o nome. A gente foi em cada canto que a velhinha pisou, afinal era a única coisa que tinha pra fazer lá. Pra você ter uma idéia, foi a última vez que a minha mãe sugeriu esse tipo de passeio...), história e geografia do Goiás (claro...) , um texto de nome "quer tomar bomba?" que o último verso é "então, vem, sente a pressão" e uma gloriosa prova de Inglês com perguntas em português.
Acabei as 90 questões e fui lá pro portãosofrer esperar minha mãe. Tava um engarrafamento danado, então eu fiquei lá em pé no meio dos outros concorrentes. Aí, um encontra um amigo, que encontra outro e assim vai... MEUDEUS! Começa a tortura! Aquele r ridículo, ruidoso e roceiro que só goiano sabe fazer pra todos os lados, as frases cantadas (coisa que eu nem sabia que eles faziam), a voz estridente, o calor infernal, a BR, a prova estranha, a fome... juntou tudo. Que raiva danada!!!
Eu preciso passar na UnB!
Não é preconceito com os goianos. É uma constatação! E eles ainda vêm falar do quadradinho aqui... Brasília é bom demais!
Saldos positivos da viagem:
1) sandália e brincos pro baile de formatura;
2) vestidos pra colação e pro culto;
3) comida;
4) vi minha vó gatíssima s2;
5) matei aula hoje.
Formo essa semana!
Boa semana pra vocês e pra mim.
Eu, que pensava que a minha família de lá tinha um sotaque goiano forte, vi que poderia ser pior. Fui fazer vestibular numa faculdade que ficava na BR (não é brincadeira!). Ao redor do prédio onde eu fiz prova tinha mato. Só mato. Coisa de goiano, sabe como é.
A fiscalização é mais rígida que a do CESPE: além do de sempre, tinha 4 tipos de prova e até distribuição de liguinha de cabelo pras moças (e pro pessoal do metal).
A prova... hehe! O que eu posso dizer é que senti uma falta danada das questões que eu tanto reclamo feitas pelo CESPE. Abri o caderno de prova e a primeira questão era perguntando o que a frase "educar é amar a dobrar" significava. Respirei bem fundo pra poder abstrair bastante toda a sintaxe e concordância que eu já tinha aprendido na vida pra ver se eu entendia que
A prova tinha muita Cora Coralina (os que gostam da dona Coralina aí que me perdoem, mas que amontoado de palavras mais chato! Eu só conseguia lembrar do tédio que foi a minha viagem a Goiás Velho (que é a cidade dela). Numa dessas histórias que a minha mãe inventava de "vamos visitar uma cidade histórica", lá fui eu e minha família pressa cidadezinha - essa sim é um buraco - sem graça e velha, como sugere o nome. A gente foi em cada canto que a velhinha pisou, afinal era a única coisa que tinha pra fazer lá. Pra você ter uma idéia, foi a última vez que a minha mãe sugeriu esse tipo de passeio...), história e geografia do Goiás (claro...) , um texto de nome "quer tomar bomba?" que o último verso é "então, vem, sente a pressão" e uma gloriosa prova de Inglês com perguntas em português.
Acabei as 90 questões e fui lá pro portão
Eu preciso passar na UnB!
Não é preconceito com os goianos. É uma constatação! E eles ainda vêm falar do quadradinho aqui... Brasília é bom demais!
Saldos positivos da viagem:
1) sandália e brincos pro baile de formatura;
2) vestidos pra colação e pro culto;
3) comida;
4) vi minha vó gatíssima s2;
5) matei aula hoje.
Formo essa semana!
Boa semana pra vocês e pra mim.
2 comentários:
Paulette!Amei seu blog, sabia que você era talentosa com as palavras, mas não esperava me divertir tanto lendo seu relato da viagem à terra dos goianos...concordo plenamente com vc,mas assumo q detesto aquele sotaque...Parabéns pela formatura e muito sucesso nesta nova etapa, estarei torcendo por vc na UnB!
Bjokassssssss
o R também me irrita!
já ouviu gente o pessoal de Anápolis? eles conseguem piorar!
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