Ontem foi um dia atípico, do jeito que eu gosto. Minha mãe me acordou 10 da manhã dizendo que era pra eu me arrumar, que o meu pai ia sair comigo. Não deu nem pra reclamar, por causa da sonolência. Meio dia, depois da melhor notícia que poderia vir, nós (eu, meus pais e o Tiago) fomos "comemorar", almoçando fora. Infelizmente, ninguém aqui em casa decidiu parar de comer carne vermelha comigo e isso traz algumas conseqüências não tão boas pra mim (pera! antes de continuar, uma observação: eu não parei de comer carne vermelha por ideologia, por modismo - como sugeriu a última nutricionista que eu fui ou qualquer outra coisa. Eu simplesmente não gosto mais. É como parar de comer, sei lá, manga. Eu não gosto mais, paro de comer. Mas não é uma regra inquebrável na minha vida. Na verdade, não é nem uma regra.)
Depois, eu fui pro trabalho da minha mãe, fazer sei-lá-o-que. Possível leitor, a minha mãe trabalha na vara criminal da Ceilândia (só até hoje! :D Ela vai mudar de fórum e de cargo!), então você pode imaginar o tanto de gente boa que passa por lá. Assisti a uma audiência e foi só o que eu agüentei. Me dá uma descrença da vida quando eu vejo aquele povo, sério. Não vou nem entrar nesse assunto, porque é polêmico e não é mesmo o foco do post. Além disso, eu já enchi o saco de audiência. Desde os meus 15 anos eu vejo a mesma coisa. Minha mãe lê a denúncia, liga pro MP. Espera o promotor chegar. Chama o juiz. Ele:
- Seu Fulano, (olhando pro precesso) o senhor tem o direito de não se manifestar, mas essa é a única oportunidade que o senhor vai ter pra esclarecer os fatos. (olha pra ele) O senhor entendeu?
(aí vem a parte que eu costumava rir. O interrogando fala um vocativo sensacional, tentando mostrar a escolaridade que não tem.)
- Sim, senhor, meretríssimo.
O juiz faz um monte de perguntas, o interrogando nunca é objetivo, sempre fica contando história, repete mil vezes algumas frases. Pronto. Vez do promotor, que quase nunca pergunta. Vez do defensor, que faz uma pergunta obviamente elaborada pra que a resposta favoreça o réu.
- Nada mais. - diz o juiz.
- O senhor escreve o primeiro nome no X da primeira folha e o nome completo no X da segunda folha e depois passa pro defensor. - diz a minha mãe.
- O senhor tá dispensado - diz o juiz.
O cara sai, o juiz começa a falar de interrogatórios de dias anteriores com o promotor ou então de banalidades, quando o defensor continua na sala.
E aí tudo se repete, até acabar a pauta. Cha-to.
Depois, eu fui no Alameda, porque minha mãe tinha aula da pós dela lá. Fiquei passeando, comi, comprei uma calça e só.
Daí, Carol, Lorena e Tayná falaram pra gente ir pro Arena, dançar forró. Possível leitor, eu posso ter muitas habilidades, mas, com certeza, uma que eu NÃO tenho é dançar forró. Mas, beleza, eu achei que seria divertido, até porque a Tayná disse que não dançava também, então uma faria companhia pra outra. Até parece, né?! Chegou lá e a gente dançou, mesmo mal. hahaha! Foi beeem legal.
Dez da manhã, minha mãe me acorda:
- Paula, você bebeu ontem à noite?
- Não...
-Seu pai pediu pra eu te perguntar, porque você não trancou a casa.
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É óbvio que eu tinha trancado a casa. Quero só ver quando ele chegar, vai dar uma discussão danada, porque ele vai dizer que a porta tava aberta e eu vou dizer que tranquei a porta. E a última palavra tem que ser dele, logo eu vou perder a discussão, mesmo tendo trancado a casa! Tudo bem, acontece.
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Ontem
Postado por Paula. às 15:24
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2 comentários:
parem de ser doceiras!
to cada vez gostando mais dos seus posts
me leva um dia pra vara?
deve ser divertido :)
parar de gostar de carne vermelha? eu morreria de fome! mas, ainda assim, parabéns por ter outro motivo pra tê-lo feito. eu já to bem farta de discursos ecoideológicos. não que eu não compreenda a causa, mas nunca deixaram de matar um boi por causa de alguns que não o comem, né?
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