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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Lar, doce lar!

Cheguei! Nada como a casa da gente... Nada como Brasília e seu friozinho gostoso... Praia é muito bom e tal, mas enjoa, cansa e chega até a irritar. 10 dias em Natal foram suficientes pra eu ficar da cor do verão, como diria o Lucas. Pretinha, pretinha. Um calor de rachar, um sol das 10 com jeito de 2 da tarde. Essa viagem destoou completamente de todas as outras nordestinas que eu fiz. Primeiro porque eu fui de avião e eu sempre fui pro Nordeste com cinquenta pessoas da família da minha mãe. A gente alugava um ônibus e parávamos em toda cidadezinha que tinha alguma fama. Resultado: 3 dias pra chegar ao local desejado. Segundo, porque não foi uma viagem familiar, não completamente. Eu fui com a minha mãe e a minha madrinha. Quarentonas. Meu tio também tava por lá e acabou que ele também virou companhia praiana. Cinquentão. As conversas sobre sexo foram constantes e inevitáveis, principalmente depois da minha mãe ler um livro altamente erótico do Arnaldo Jabor que esse meu tio a deu. Infelizmente, claro. Eu já tava ficando maluca por não conversar com alguém da minha idade. Foi então que eu tive um surto:
-Oi!
-Oi!
-Escuta, eu tou desesperada por uma conversa com alguém que não tenha quarenta anos. Tá ocupado?
-Não, não. Senta aí.
(...) silêncio
-Então... da onde você é?
-Brasília e você?
-São Paulo.
... e assim a conversa durou uns 10 minutos com um estranho que eu nem perguntei o nome.Mas pelo menos foi um estranho de 19 anos.
Claro que no dia seguinte eu queria morrer de tanta vergonha por ter forçado daquela forma com o coitado. Mas ele não me pareceu tão envergonhado assim. Menos mal. Ele foi embora nessa noite e eu guardei a minha primeira terrível experiência de conhecer alguém assim... na lata! Com o tempo, eu aprendo.
O hotel era ótimo e tava cheio de gringos. Comi muito peixe, camarão, tapioca e "macaxeira". Comprei uns lápis de cor gigantes de madeira que uma vez eu desenhei nos exercícios de observação (e que tá com a Margarete, porque eu dei esse desenho pra ela avaliar se eu entraria na Semana de Arte Moderna) lá no curso de desenho (e o Zeca, que é o professor, disse que eu nunca ia achar aqueles lápis, quando eu perguntei a ele onde consegui-los. iés!), uma bolsa liiinda e coloridérrima, um biquini (naturalmente), aquelas bolsas que viram canga e esqueci o resto. Comecei a ler "Quando Nietzsche chorou", mas o iPod ou o sudoku acabaram por ser mais interessantes, pelo menos nos 5 primeiros capítulos. Vou tentar terminar de ler. Ah sim! Todo dia, quando dava 4 horas da tarde, eu descia, ia pra uma espreguiçadeira na beira da piscina e ficava curtindo minha solidão. Com música, números ou Tetris.

E foi isso, basicamente. A companhia do meu irmão, tão desprezada por mim, fez uma falta danada. Primeiro porque ele é muito bom em forçar com as pessoas e ser agradável e depois porque, caso ele não forçasse com ninguém, pelo menos ele ia ficar lá conversando comigo. Sobre tudo, menos sexo.

Voltando à maravilhosa realidade brasiliense, eu descobri que tem muitas coisas pendentes por aqui:
1) ver o negócio da Curves, que eu não vou há dois meses (!)
2) ver o negócio do treinamento do Jovem Executivo, que eu perdi a reunião e não fui em nenhuma escola ainda
3) pegar a carteirinha da UnB
4) lançamento do livro de Poesias e Crônicas lá no Sigma (é, já tou com saudades. Quero Maria Helena, Jota e Eli!)
5) comprar um caderno e caneta pra UniDF. As aulas já começaram a propósito. E hoje eu vou pra aula... Sorte!

É isso! Um berjo aos possíveis leitores e hoje sai o resultado do vestibular. Sabia que meus amigos vão passar, han han?!
Inté.

Companheira de quarto quarentona nº 1 - mãe
Companheira de quarto quarentona nº 2 - "Didi", minha madrinha
Eu, mais preta do que nunca. E o Morro do Careca de fundo.

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