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terça-feira, 18 de setembro de 2007

"Gramática é com g ou com j?"

As aulas do Jota me inspiram mais do que qualquer ser possa imaginar. Não é só por causa dele, mas, principalmente, pelo prazer de aprender a escrever direito. Como alguém consegue viver escrevendo "quizer" ou "familha" (essa eu não inventei, acredite! Meu irmãozinho, que não tem 4, mas 14 anos, escreveu essa relíquia aqui numa pasta dos "Favoritos". Eu ainda não tirei porque tou esperando um momento bom o suficiente para eu poder ensiná-lo e para ele absorver a lição) ?
Português é a coisa mais útil que tem na grade horária escolar. (Não tou falando das análises morfo-sintáticas - que eu, particularmente, adoro. É o básico: ortografia, acentuação, pontuação, concordância... ) Em contrapartida, é uma das matérias que as pessoas menos levam a sério, menos sabem e a que é menos cobrada - diretamente. Eu fico abismada com os erros de português de alguns professores lá da escola: "se eu querer", "eu sei que você é cavaleiro, então vai deixar a colega fazer tal coisa", " como se classifica as ondas..."
Sério! Eu me pergunto como eles têm um bom curso superior nas costas e cometem erros desse tipo. Não é só porque escolheram a área de exatas que eles podem matar a língua portuguesa, ainda mais porque são educadores.
O fato é que, pra falar a verdade, isso não muda muita coisa na minha vida. (Nem na deles, pelo visto.) O que me indigna é ver que eu tenho concorrentes que vão entrar na UnB e, provavelmente, no mercado de trabalho que mal sabem falar direito.
Por que diabos me cobram saber calcular quanto de corrente passa por uma bobina (treco que eu talvez nunca veja na vida) e não se eu sei a língua do país que eu vivo?!
Bom, eu sei que isso não vai mudar e que meus netos vão ter de (aprendi a regência esse ano!) estudar Lei de Lenz, Lei de Faraday, Lei de Hess e outras mais tão inúteis quanto.
Eu faço o que acho melhor: continuo apreciando o português bem falado e bem escrito e sugando o máximo que posso das aulas do Eli e do Jota, meus protegidos. E, é claro, torcendo pra que meu irmão cresça e aprenda com a família quão importante é saber português.

Um comentário:

Lucas Albuquerque disse...

só pra falar que eu deixei o primeiro comentário.
te amo!