Pagou, passou.

É assim que as pessoas se referem a faculdades particulares. Eu, depois que entrei pra uma, comecei a discordar um pouco, porque, em algumas matérias, era realmente necessário estudar. Isso me deixava feliz, porque não era só porque eu tava lá, presente nas aulas, que eu iria passar na matéria. É óbvio que, com aquele tanto de coroa na UDF, eu acreditava que eu era só mais uma que tinha essa mentalidade. Afinal, você paga 800 reais pra aprender. E, querendo ou não, só dá pra ver se você realmente aprendeu nas provas.
E aí, possível leitor, você pode pensar "ahh! Moleza! Até parece que vão fazer provas difíceis." Pensou certo. As provas feitas pela faculdade não são extraordinariamente difíceis, basta você dar uma lida pra tirar 7.
Mas, lá na UDF, tem a Prova Institucional, que é elaborada por uma banca de professores (que não os seus), é cumulativa e tem peso maior que as outras. Eu nunca fiz, porque elas começam no segundo semestre, com as matérias mais importantes, por assim dizer, mas dizem que é no nível de OAB. Ou seja, não basta dar uma lida. A PI entrou agora como parte da nota, orbigatoriamente, substituindo a terceira prova, que só era feita por aqueles alunos que tinham média final entre 4 e 6. Tipo prova de recuperação, sabe?!
O que acontece é que os alunos lá da UDF começaram com uma babaquice de querer tirar a Institucional da jogada. Eu entendo demais que 70% dos alunos do noturno trabalham durante o dia todo, geralmente não têm muito tempo pra estudar e tudo mais. Mas eu sou da política de que se você se disponibilizou a fazer alguma coisa, faça ela direito. E faça de acordo com as regras estabelecidas previamente. É óbvio que, quando você entra em uma faculdade, você vai ter provas! No caso da UDF, eles avisam o esquema de provas, que inclui da Institucional. Sério, se você não quer fazer, porque não tá afim ou não pode ralar, sai! Vai pra outra, então.
Aconteceu que, na última quinta-feira, umas 200 pessoas retardadas se juntaram pra fazer baderna (ah sim! Porque nem reivindicar eles sabem...). Botaram um amplificador pra fazer barulho na faculdade inteira, ficaram circulando pelos corredores berrando e apitando, entravam nas salas no meio da aula, abriam as portas e apagavam a luz... enfim: BA DER NA!
É óbvio que eu apelei, mas isso realmente não vem ao caso. O fato é que isso foi a prova pra mim do porquê as faculdades particulares não são levadas a sério: não é pelo sistema que elas adotam, não é pela falta qualidade dos professores, nem pelo vestibular (que realmente é só pra testar se você é um ser humano mesmo)... mas sim pelos retardados que estudam lá. Eu até acredito que toda reivindicação é válida, claro, mas a maneira como ela é feita é crucial. Mas essa reivindicação deve ser, no mínimo coerente. Não dá pra reclamar de tudo, querer mudar tudo e etc. As pessoas têm de aprender a conviver com regras, por mais que elas, aparentemente, não te beneficiem. Não tou dizendo pra não contestar nada, porque eu adoro contestar e reclamar, mas sem perder o bom senso, né?! Reclamar por uma prova que a faculdade faz pra nivelar os alunos por cima.... não-dá!
Enfim... eu acho que a UDF não vai ceder, mas eu conto novidades, assim que tiver.

Outras reivindicações dos coitados:
* banheiros mais limpos - cara, será que eles já foram na UnB pra poderem reclamar de banheiro? Todos os dias, às 19hrs, os banheiros da UDF tão impecáveis! Quem suja eles são os próprios alunos porquinhos.
*estacionamento pequeno - é óbvio que o estacionamento é pequeno!!! Mas alguém já foi na 904s?Não tem mais pra onde expandir! Ou tira sala pra aumentar estacionamento ou deixa como tá. Que frescurite!
*ar condicionado só é ligado quando a faculdade quer - hahaha! Chega a ser engraçado. Vai caçar alguma coisa pra fazer, brother.
*biblioteca precária - eu SEMPRE acho os livros que eu quero. E eu não posso nem dizer que alugo poucos livros. Pelo menos, uns 25 por semestre.
*mural livre pros estudantes - meudeus! MEUDEUS!!! Isso é pura questão de diálogo, cara. Mas do jeito que tá sendo feito, nunca vão conseguir nada.


aaai, dai-me paciência, viu?!