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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A Sombra do Vento

"Aos poucos, qual figuras de vapor, pai e filho se confundem com os pedestres das Ramblas, seus passos para sempre perdidos na sombra do vento."

Essa frase foi o bastante pra me arrancar algumas lágrimas depois de muitas páginas de emoção, suspense e até mesmo revolta. Uma vez, eu vi um filme (Alex & Emma) que a personagem principal só gostava dos livros se o final fosse bom. Pra não correr risco, ela lia o final primeiro. Eu sempre fazia isso, antes mesmo de ver o filme! Harry Potter me ensinou a não fazer mais isso, porque essas lágrimas nunca vinham.
"A Sombra do Vento" é um romance de Carlos Ruiz Zafón que se passa no período pós-guerra e conta a história de um menino que, na noite em que esqueceu o rosto do mãe já falecida, é levado pelo seu pai ao Cemitério dos Livros Esquecidos, uma espécie de biblioteca com livros não tão bem sucedidos. Lá, Daniel encontra "A Sombra do Vento", um livro escrito por Júlian Carax. Ele se apaixona pelo livro e decide encontrar as outras obras do autor, assim como descobrir sobre a história de Carax. Mas Daniel descobre que há um grande mistério que envolve a vida do autor, seus livros (aparentemente malditos) e sua própria história.
O texto tem algumas coisas da literatura estrangeira que não me agradam, entre elas: comentários constantes à respeito de lugares, comidas e outras coisas mais do país de onde o autor é, no caso, Espanha. É até interessante saber sobre o lugar onde os fatos ocorrem, mas eles escrevem como se nós, leitores, já soubéssemos de tudo. Enfim... o resultado disso foi que aprendi nomes de mil e uma ruas, catedrais, praças de Barcelona.
Além disso, faltam muitas vírgulas que alguns dizem ser facultativas, mas não custa nada colocar essa coisinha que facilita demais a leitura. Às vezes eu lia tudo errado e não entendia bem a frase e, quando voltava, era por causa da maldita vírgula que não colocaram.
O começo do livro, como eu comentei em um post anterior, não prende muito o leitor. Parece que tem um personagem que é a morte! Que viagem... Mas depois, quando os mistérios vão começando a ficar mais... misteriosos (por falta de palavra melhor), o livro melhora bastante.
Enfim, recomendo.
E aceito sugestões pra eu ler na praia. Queria um da literatura brasileira, mas uma leitura fácil. Na verdade, pode ser qualquer um que não fale sobre a vida incrível de Manhattan e seus problemas do tipo "que roupa usar no jantar beneficiente?", nem de dramas excessivos, mas não quero livrinhos mornos. Tá.
Tchauzinho!

Imaginem a cena, por favor!
Eu, no computador. O telefone toca com aquele barulho que dá vontade de se jogar da casa da minha vó, no 13º.
-ALÔ!!!
(Simpatia sempre. Foi o que minha mãe me ensinou. Pena que eu não aprendi bem...)
-Boa tarde! Gostaria de falar com a Paula.
-Eu mesma.
-Paula, aqui é - - - - da UFG. Você passou no nosso vestibular, né?!
-Aham.
("Que gracinha!", eu pensei, "eles ligam pra dar parabéns, é?!")
-Nós estamos ligando apenas para alertá-la sobre a vacina da febre amarela. Você já certificou se está em dia?
PUUUUUUUUUUUUTS! Que roceiro!!!

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